domingo, 20 de maio de 2012

1 ano sem Abdias Nascimento

Drielly Jardim


Na próxima quarta-feira (23), completa-se um ano que o Brasil perdeu Abdias Nascimento, o maior e mais importante defensor dos direitos dos afrodescendentes e da igualdade racial.
Para homenagear Abdias e marcar a data, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro) realizará, no Rio de Janeiro, uma cerimônia inter-religiosa seguida de um momento cultural com diversas atrações.
A cerimônia, que contará com a participação de diversas autoridades religiosas de matriz africana, será marcada pela exibição de imagens inéditas da deposição das cinzas de Abdias Nascimento na Serra da Barriga – AL, em 13 novembro de 2011.
O local onde será realizada a celebração também promete emocionar todos os participantes. Segundo Elisa Larkin Nascimento, diretora do Ipeafro, a escolha pelo sítio arqueológico do Cais do Valongo, no centro do Rio de Janeiro, não poderia ser mais acertada. “A cerimônia será realmente emocionante, uma vez que será realizada em um local de enorme significado para a população afro-brasileira, onde pelo menos 1 milhão de nossos antepassados entrou escravizado no Brasil”, afirma.
Ainda de acordo com Elisa, a base do ato cultural incluirá leituras de poesias e homenagens recebidas pelo Ipeafro ao longo desse ano, além de vídeos e apresentações ao vivo da escola de samba Acadêmicos de Vigário Geral, que em 2012 desfilou com um samba enredo que abordava a vida e a obra de Abdias Nascimento.
Pioneiro do movimento negro – Com uma trajetória marcada pelo ativismo, Abdias teve como resultado de suas iniciativas importantes desdobramentos na defesa e na inclusão dos direitos dos afrodescendentes brasileiros. Como primeiro deputado federal afro-brasileiro a dedicar seu mandato à luta contra o racismo (1983-87), apresentou projetos de lei definindo o racismo como crime e criando mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira. Como senador da República (1991, 1996-99), continuou nessa linha de atuação e foi o primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000) de São Paulo.
A cerimônia inter-religiosa e o ato cultural serão abertos ao público.

Fonte: Fundação Palmares

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