quinta-feira, 21 de junho de 2012

AMNB lança amanhã na Rio+20 coleção com dados sobre mulheres negras brasileiras 20/06/2012

Aprofundar o debate na sociedade brasileira sobre as condições raciais, sociais, econômicas e políticas que afetam a vida das mulheres negras e reforçar o enfrentamento da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) ao racismo, ao sexismo e à lesbofobia são os objetivos da Coleção Cadernos de Informação AMNB, cujo lançamento acontece na próxima quinta-feira (21), às 18h, durante a Cúpula dos Povos na  Rio+20, na Tenda 34 (Aterro do Flamengo).

As publicações que estão sendo lançadas no Rio de Janeiro são “Mulheres Negras e o Trabalho Doméstico no Brasil”,  de Maria Conceição Fontoura e Simone Cruz (orgs),  e“Saúde da Mulher Negra: Guia para a defesa dos direitos das mulheres negras”, de Jurema Werneck (org.). As análises oferecem, respectivamente, um diagnóstico sobre as desigualdades raciais no mundo do trabalho - em especial o trabalho doméstico -, e sobre a saúde das  mulheres negras.

De acordo com as organizadoras Simone Cruz e Maria Conceição Fontoura, ambas coordenadoras da AMNB, o grupo escolheu lançar essas publicações durante a Cúpula dos Povos em busca de visibilização: “Queremos chamar a atenção para as desigualdades promovidas pelo atual modelo de desenvolvimento. As duaspublicações revelam a realidade de grande parcela das mulheres negras que tem seus direitos violados e estão expostas a diferentes facetas do racismo institucional, do racismo patriarcal e o racismo ambiental produzidos no Brasil”, afirmam.

Para elas, “o atual modelo de desenvolvimento é extremamente perverso para as mulheres negras brasileiras. Afinal, somos nós que exercemos os trabalhoconsiderados de menor prestígio na sociedade, recebemos os mais baixos salários e formamos o setor que está permanece desamparado pelas leis que regem o mundo do trabalho”, concluem.

Fonte:Associação Cultural de Mulheres Negras - ACMUN

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