quarta-feira, 25 de julho de 2012

Bamidelê e NEABI debatem gênero, educação antirracista e diáspora africana



Por Mabel Dias

“Gênero e diáspora africana – marcos legais, educação antirracista e saberes negros”. Este é o tema da mesa redonda que a Bamidelê – Organizacão de Mulheres Negras na Paraíba e o Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro brasileiros e Índigenas (NEABI) da UFPB realizam no próximo dia 31, terça-feira, às 14h, no Clube de Dirigentes Lojistas (CDL), Centro. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no blog do NEABI, no endereço http://neabi-ufpb.blogspot.com.br/

O evento, que conta com a parceria da Rede de Mulheres em Articulação da Paraíba e da Marcha Mundial de Mulheres, faz parte das comemorações alusivas ao “25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e o Dia de Teresa de Benguela e da  Mulher Negra no Brasil”.

“Vamos debater sobre a lei 10.639, que estabelece o ensino da História da África no Brasil, mas que não foi colocada em prática de maneira integral no país, além de evidenciarmos a contribuição da população negra para a construção da sociedade brasileira, com foco para a participação das mulheres negras e a sua inserção e dificuldades enfrentadas no mercado de trabalho, por exemplo”, explicou a professora doutora do Departamento de História da UFPB, Solange Rocha, uma das fundadoras da Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na Paraíba e integrante do NEABI. 

Entre as palestrantes estão as professoras Zelma Madeira, do curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Ceará (UECE); Marluce Pereira, do Departamento de Letras da UFPB e integrante do NEABI e Ivonildes Fonseca, da área de sociologia, e também integrante da Bamidelê e do NEABI.

“É necessário e fundamental discutirmos sobre a maneira que a nossa identidade de mulher negra está sendo construída no Brasil. Temos um processo de invisibilidade e de uma visibilidade estereotipada relacionada às mulheres negras e a população negra em geral. É preciso quebrar com isto para que as atuais gerações conheçam sua história e tenham orgulho de suas origens e de sua cor”, afirmou a professora Zelma Madeira, da Universidade Estadual do Ceará, que apontou algumas conquistas alcançadas pela população negra nos últimos anos nas áreas da saúde – com a implantação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, e na educação, com a Lei 10.639/2003, que incluiu o ensino, nas redes particular e pública, de História e Cultura Afro-Brasileira.

Este ano, o 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra da América Latina e do Caribe, de Tereza de Benguela e da Mulher Negra no Brasil completa sua 13º comemoração na Paraíba. A Bamidelê vem fazendo parte desta história de luta das mulheres negras no país, visibilizando o combate ao racismo e ao sexismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário